Em protesto contra o Governo, trabalhadores/as da base do SINAI-RN participam das atividades do Dia de Luta e Paralisações no Serviço Público Estadual


 

Num gesto que demonstra indignação e impaciência diante da falta de respostas, os trabalhadores que integram a base do SINAI-RN participaram das atividades do Dia de Luta e Paralisações no Serviço Público Estadual, organizado pelo Fórum Estadual dos Servidores. Realizadas nesta terça-feira (05), foram divididas em três partes. Na primeira, os manifestantes se reuniram em frente à vice-Governadoria. Depois, partiram em caminhada rumo ao Centro Administrativo, apesar do forte sol da manhã em Natal, num gesto que indica a disposição de luta. A terceira e última parte da empreitada foi um Ato Político e Cultural em frente à Governadoria. Sob tendas, os trabalhadores se reuniram com outras categorias, entre elas a saúde, a segurança pública e o ITEP.

Mesmo cientes da quase remota possibilidade de diálogo com o Executivo, os manifestantes formaram uma comissão, que teve a incumbência de tentar conversar com o Gabinete Civil. A pressão rendeu uma reunião, que contou com as participações de SINAI-RN, SINPOL, SINDSAÚDE, SINDITEPRN e APAS.

VEJA AS IMAGENS DA ATIVIDADE AQUI.

Na ocasião, os secretários alegaram que a retomada das negociações dependia da aprovação na Assembleia Legislativa da proposta que visava manter o ICMS em 20%. Para piorar, cogitaram a possibilidade de acontecer atrasos de salários dos servidores a partir de abril de 2024 se o parlamento rejeitasse a proposição do Governo. “Nós questionamos a posição do Governo frente a situação de desigualdade do Estado. Por exemplo, falamos acerca do pessoal que deve bilhões da dívida ativa, citamos as isenções fiscais e os aumentos de salários da cúpula do Estado. Por que o Governo não teve esse discurso com as categorias que concedeu reajuste no primeiro semestre de 2023?”, questionou Alexandre Guedes, que é coordenador de comunicação do SINAI-RN. E completou: “Não aceitamos ser acusados de causadores da crise, porque geramos riqueza para o Estado. Quem gera crise é quem se beneficia do Estado. Diante do quadro atual, mais lutas irão acontecer”.

Para a coordenadora geral do SINAI-RN, Zilta Nunes, os sindicatos não podem ser usados moedas de troca na questão fiscal, numa referência ao imbróglio relacionado ao ICMS de 20%, rejeitado pela maioria da Assembleia no dia 12 de dezembro: “Respeite o movimento sindical! Por que a senhora (Fátima Bezerra) agora dá as costas para os servidores públicos?”, questiona.

Santino Arruda, que é coordenador geral substituto do SINAI-RN, avaliou a atividade como positiva: “Veio muita gente. Ao nosso ver, o Fórum se reorganiza. Essa atividade traz muita esperança. Não podemos ficar isolados”, afirmou.

Foto: Lenilton Lima