Em ofício ao Governo, SINAI-RN vai cobrar melhores condições de trabalho para servidores da FUNDASE


O SINAI-RN vai enviar ofício à direção da FUNDASE expondo a situação dos trabalhadores da Fundação lotados em Mossoró e cobrando respostas acerca da situação dos dormitórios desses servidores; da jornada de trabalho; e do deslocamento para unidades da Fundação fora da área urbana.

O envio desse documento ao Governo é impulsionado por relatos recentes de servidores e acontece após visita de dirigentes do SINAI ao Centro de Atendimento Socioeducativo – Unidade de Semiliberdade (CASEMI) Santa Delmira e ao Centro de Atendimento Socioeducativo (CASE) de Mossoró.

“As condições de trabalho dos servidores da Fundação são impraticáveis. A Administração Pública precisa rever e reverter esse quadro, precisa garantir um ambiente de trabalho seguro e acolhedor para os agentes e para os adolescentes que atende. Nos causa indignação toda a situação de um modo geral, especialmente porque entendemos que o Executivo deveria ter se preparado melhor para receber os novos servidores”, comenta Zilta Nunes, coordenadora geral do SINAI.

“Constatamos verdadeiros absurdos nessas visitas. São situações que não podem continuar e entendemos que o Governo precisa agir de forma imediata, sob pena de ser acusado de provocar o caos nas unidades socioeducativas”, afirma o coordenador geral substituto do SINAI, Santino Arruda.

Na visita realizada em 24 de agosto, os dirigentes sindicais constataram existir apenas um banheiro unissex no CASE Mossoró para atender a mais de 20 trabalhadores, entre homens e mulheres, na área destinada aos dormitórios.

Sobre os deslocamentos para unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo localizadas fora da área urbana, os servidores relatam casos de insegurança no trajeto e ressaltam que as despesas com esse deslocamento não são custeadas pelo Governo, mas pelos próprios trabalhadores.

Por fim, os servidores concursados há mais tempo na FUNDASE revelam que tiveram mudança na carga horária após chegada dos novos servidores. Com as recentes nomeações, a jornada de trabalho dos profissionais mais antigos passou de seis horas/dia para oito horas/dia ou para regime de escala. Esses profissionais, então, reivindicam a manutenção da jornada diária anterior, de seis horas.

“O aumento da jornada ou a adoção do regime em escala para profissionais mais antigos é irregular. Assim, buscaremos junto à direção da FUNDASE uma saída para essa questão e precisaremos resolver a situação dos deslocamentos para áreas rurais, que devem ocorrer de forma segura e ser custeados pelo Estado. Por último, entendemos que a existência de apenas um banheiro para atender homens e mulheres nos dormitórios é desrespeitosa e vamos pedir providências urgentes ao Governo”, garante Santino.

Além da coordenadora geral do Sindicato e do coordenador geral substituto da entidade, a visita às unidades da FUNDASE foi acompanhada pelo coordenador secretário do SINAI e servidor da Fundação, Newton de Souza.