SINAI-RN mantém fechamento da sede e suas regionais e solicita que Governo diminua lista de atividades consideradas essenciais


A sede do SINAI-RN, em Natal, e as regionais Médio Oeste (Mossoró), Seridó (Caicó) e Alto Oeste (Pau dos Ferros) permanecerão fechadas até o dia 20 de maio e as atividades, suspensas. A decisão foi tomada pela direção do Sindicato e segue o decreto nº 29.668, do Governo do Estado, que visa manter o distanciamento social a fim de diminuir a disseminação do coronavírus entre os potiguares.

Diante do avanço da pandemia da Covid-19 no Rio Grande do Norte, o SINAI também está solicitando que o Governo revogue pontos do decreto de nº29.634, que ampliou as atividades consideradas essenciais. A preocupação do Sindicato é que a população se exponha, adquira o vírus e isso gere um colapso no sistema de saúde pública.

O decreto 29634 foi publicado em 22 de abril, no Diário Oficial do Estado (DOE). Embora considere as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para diminuir a aglomeração e fluxo de pessoas, o decreto ampliou a lista de serviços essenciais, incluindo atividades de podologia, atividades de defesa e construção civil, hotéis e pousadas e barbearias e manicures.

Na avaliação da coordenadora geral do SINAI-RN, Zilta Nunes, o governo deve endurecer as medidas para garantir que o isolamento social seja garantido e questiona a transparência por parte do Executivo: “Aqui no RN, não sabemos até agora se há mascaras suficientes, se há testes para toda a população. Precisamos entender melhor que serviços essenciais são esses. Por exemplo, quando uma pessoa pega um coletivo ela está totalmente exposta ao vírus, entre outras ocasiões. À medida que você sai do isolamento social e se desloca há um risco maior de se contaminar”, afirmou.

Já o coordenador geral substituto do SINAI-RN, Felipe Assunção, defende que as restrições devem ser ampliadas: “Neste momento se faz necessária a ampliação das restrições. O nosso Estado enfrenta ainda uma curva ascendente no número de contágios e não é prudente que se adote a flexibilização do isolamento social”.

O sindicalista apontou para o risco de colapsar a saúde do Estado: “O sistema de saúde está saturando e as providências na ampliação de leitos são insuficientes. Por isso, aumentar a lista de serviços essenciais é colocar a população em risco. É preciso manter o isolamento com regras mais rígidas e apresentar um plano de combate à pandemia”.