Trabalhadores da FUNDASE suspendem movimento grevista


Categoria conquista jornada de 6 horas corridas e flexibilização de plantões; pontos serão normatizados por portaria.

Os trabalhadores da Fundação de Atendimento Socioeducativo do RN (FUNSAE) deliberaram, em Assembleia realizada nesta terça-feira, 19 de agosto, pela suspensão do movimento grevista iniciado no último dia 15.

A decisão ocorre após rodadas de negociação entre o SINAI-RN e o Governo na segunda e terça-feira (18 e 19 de agosto). Como resultado, foram atendidos dois pontos da pauta administrativa: a implantação de expediente de 6 horas corridas para equipes técnica e administrativa nas unidades e a flexibilização da permuta de plantões para agentes socioeducativos, com a possibilidade de 24h de trabalho. As medidas serão normatizadas por portaria, mas sua aplicação foi condicionada pelo Governo à suspensão do movimento paredista.

Já sobre os itens da pauta econômica, como o auxílio-fardamento (em atraso desde abril) e o auxílio-alimentação, não houve avanços.

Na Assembleia, além da suspensão da greve, os trabalhadores aprovaram a manutenção de uma comissão permanente do comando de greve. O grupo será composto por trabalhadores, sendo 10 titulares e um suplente, para acompanhar a implementação dos compromissos assumidos pelo Estado e seguir pressionando por valorização profissional.

Também foi marcada uma nova Assembleia para 05 de setembro, às 10h, em local a ser definido. Na ocasião, a categoria avaliará se as portarias foram publicadas e discutirá estratégias de negociação da pauta financeira junto ao Comitê de Gestão do Governo.

Para o coordenador geral do SINAI-RN e servidor aposentado da FUNDASE, Geraldo Lamartine, a mobilização resultou em conquistas parciais. “A jornada de 6 horas e a flexibilização dos plantões só vieram após essa mobilização. Em termos econômicos, não houve avanço: o Governo está devedor do auxílio-fardamento desde abril, e quanto ao auxílio-alimentação, havia promessa de debate em julho, mas agora afirma que não trata mais dessa pauta em 2025. Fica um vazio, mas a categoria sai mais forte para continuar cobrando.”

Em Assembleia, trabalhadores suspendem movimento grevista
Foto: Lenilton Lima