Na manhã de 26 de agosto, o auditório do SINAI-RN recebeu mulheres da base do Sindicato para a atividade de formação “Lei Maria da Penha e o combate à violência de gênero”, realizada pela coordenação da Mulher Trabalhadora. O encontro teve como objetivo fortalecer o conhecimento sobre os direitos garantidos pela legislação e debater estratégias coletivas de enfrentamento à violência contra a mulher.

A formação foi conduzida por Natália Rabelo, Alice Morais e Monique Gomes, militantes do movimento de mulheres Olga Benário, e dividida em três momentos: explicações sobre as formas de violência e os direitos previstos na lei; orientações sobre como combater e sair de situações de agressão, incluindo a necessidade de mais instrumentos para políticas públicas, ampliação de casas de apoio e participação da sociedade; e uma dinâmica em grupo.

O encontro contou com boa participação de mulheres da base do SINAI e de dirigentes sindicais, incluindo representantes das regionais Médio Oeste e Alto Oeste, que prestigiaram a formação.

Durante a dinâmica final, as participantes leram frases que relatavam situações corriqueiras vivenciadas por mulheres em situação de violência e discutiram como cada caso se enquadra em diferentes tipos de agressão. O diálogo permaneceu aberto durante toda a atividade, permitindo troca de experiências e esclarecimentos.

Alice Morais, uma das formadoras, destacou que “a violência de gênero tira da mulher o domínio sobre a sua vida, mas é possível sair dessa situação. Não é preciso sofrer calada ou sozinha; existem movimentos coletivos que apoiam e fortalecem as mulheres”.

A iniciativa do Sindicato integra a campanha Agosto Lilás, mês dedicado à conscientização e ao enfrentamento da violência contra a mulher, criada em referência ao marco legal de proteção às mulheres – à Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006). A campanha busca mobilizar a sociedade para denunciar e combater todas as formas de violência de gênero, reforçando a importância da informação, do apoio coletivo e do fortalecimento das políticas públicas de proteção às mulheres.

Segundo Joseneide Tavares, coordenadora da pasta da Mulher Trabalhadora, este foi o primeiro momento de formação conduzido pela nova diretoria e abre espaço para novas ações voltadas à luta das mulheres e ao posicionamento do Sindicato em defesa da dignidade feminina.