Servidores da Fundase deliberam sobre mudanças em portarias e indicativo de greve


Os servidores e servidoras da Fundação de Atendimento Socioeducativo do RN (Fundase), reunidos em assembleia sob coordenação do Sinai-RN, decidiram encaminhar propostas de alteração às Portarias nº 157/2025 e nº 158/2025. Uma comissão de trabalhadores vai entregar ao diretor da Fundação, até a próxima quarta-feira (10), as modificações sugeridas.

A categoria reivindica que as mudanças sejam acatadas e que novas portarias sejam publicadas. Também ficou definida a realização de uma nova assembleia no dia 11 de setembro, às 10h, em frente à sede administrativa da Fundase, quando será avaliada a publicação das portarias revisadas e deliberado o indicativo de greve.

As deliberações ocorreram na manhã de 5 de setembro, na assembleia realizada no miniauditório da Escola do Governo que contou com boa participação de servidores e foi marcada por intensos debates. Parte dos trabalhadores chegou a propor a deflagração imediata da greve, mas a maioria optou por aguardar o retorno do governo às propostas apresentadas.

Segundo avaliação do Sinai-RN, ficou evidente a insatisfação da categoria com a demora do governo em atender às reivindicações. Muitas falas ressaltaram que, caso um movimento paredista venha a se concretizar, a responsabilidade será do Executivo estadual.

Alterações propostas às portarias

Na Portaria nº 157/2025, que institui jornada de seis horas corridas para técnicos de nível médio, técnicos de nível superior e analistas, com dois turnos (8h às 14h e 11h às 17h), a categoria reivindica que o turno da manhã comece às 7h, em vez das 8h, mantendo a organização em turnos com sobreposição.

Já em relação à Portaria nº 158/2025, a categoria reivindica manter a flexibilização das escalas, conforme as regras para descanso estabelecidas na portaria anterior.

Outras pautas da categoria

Além das mudanças nas portarias, a assembleia reforçou a cobrança pelo atendimento de pautas econômicas, como a implantação do auxílio-alimentação e o pagamento do auxílio-fardamento. Também foram destacadas a necessidade de melhores condições de trabalho, adequação da estrutura das unidades e reformas físicas.