Decisão tomada em assembleia será colocada em prática caso o governo não atenda às reivindicações dos trabalhadores do Ipern


Durante a paralisação realizada nessa terça-feira (7), os trabalhadores do Instituto de Previdência dos Servidores do RN (Ipern) deliberaram a realização de uma greve a partir do próximo dia 14. A mobilização da categoria iniciou para protestar contra as nomeações de cargos comissionados consideradas ilegais pelos trabalhadores do Instituto. Caso as reivindicações dos servidores não sejam atendidas, será realizada uma assembleia na próxima ter-feira (14), às 8horas, para dar início à greve, por tempo indeterminado.

Além de optar pela realização da greve, os trabalhadores, reunidos em assembleia, decidiram que, nesta quarta-feira (8), encaminharão uma correspondência ao Gabinete Civil relatando a situação.

O Sinai solicitará, ainda, uma audiência ao governador para discutir o assunto e denunciará o caso ao Ministério Público Estadual. O Sindicato irá requerer à Promotoria de Patrimônio Público que se faça uma investigação acerca da má utilização dos bens e serviços do Instituto pela atual gestora. Os motivos já foram denunciados publicamente pelos próprios servidores do IPERN.

Além disso, o Sindicato irá buscar o apoio dos parlamentares na Assembléia Legislativa. Caso não haja resposta do governo às demandas da categoria, os servidores do IPERN iniciarão a greve e se manterão assim até que a situação seja resolvida.A direção do Sinai qualifica a atual gestão como “conflituosa”.

Nomeação
O descontentamento da categoria se dá, sobretudo, pela nomeação de um funcionário, que não faz parte do quadro efetivo do Ipern, para um cargo comissionado.
Afastado há 15 anos do trabalho, o servidor Felix Gomes Neto entrou com uma ação na justiça contra o Instituto por estar fora da folha de pagamento desde agosto de 2008.

Em 2009, ele entrou com um mandado de segurança para ser beneficiado pelo Plano de Carreira dos funcionários e para receber o 13º.  Felix Gomes teve o pedido negado e a situação permanceu dessa forma até o dia 27 de novembro, quando foi agraciado com o cargo de Chefe de Gabinete. 

A situação do servidor como integrante do quadro permanente continua em tramitação na justiça. O Sinai considera essa atitude uma afronta aos demais servidores do Instituto e reivindica providências ao governo do Estado.