O Fórum dos Servidores do Estado, composto pelos sindicatos Sinai, Sinte e Sintern convidaram a imprensa a participar de uma entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (13). O encontro será realizado às 15h na sede do Sinte, localizado na avenida Rio Branco, 790. Na ocasião, os dirigentes sindicais denunciarão a falta de compromisso do Governo com o serviço público estadual e as próximas medidas a serem tomadas para que sejam atendidas reivindicações como o pagamento dos planos de carreira dos funcionários.

    No final da tarde dessa segunda-feira (12), o Fórum participou de audiência com o secretário-chefe do Gabinete Civil do Estado José Anselmo de Carvalho. O objetivo do encontro seria discutir, entre outros pontos, a implantação do PCCR dos funcionários estaduais, no entanto, o Governo deixou os trabalhadores mais uma vez sem resposta.

    Essa foi a terceira audiência que os sindicatos tiveram com o Governo sem obter qualquer previsão sobre a possibilidade de pagamento. Para o presidente do Sinai, Santino Arruda, a forma com que a atual gestão tem lidado com o serviço público se contrapõe às necessidades do Estado e da população. “Um Estado eficiente tem que ter no seu corpo de profissionais pessoas qualificadas, bem remuneradas e que dêem respostas à população. Mas, contrária a isso, a visão de Estado que o Governo tem – e deixa transparecer – é de uma estrutura de prédios sucateados com funcionários insatisfeitos, resultando em uma população desassistida.”, relatou.

     Para a coordenadora geral do Sinte, Fátima Cardoso, a administração atual não tem demonstrado qualquer interesse em resolver a questão com os servidores.  “A falta de prioridade que este Governo tem com o serviço público fica cada vez mais claro quando o governo não se compromete sequer a estabelecer um calendário de pagamento aos funcionários.”, avaliou a dirigente. Além dos trabalhadores ativos, não há previsão para pagamento da primeira parcela do plano aos pensionistas e o problema se arrasta desde o início deste ano.

    Vale lembrar que esses planos foram concedidos em 2010 e que o calendário de pagamento previa a liquidação dos valores até junho deste ano. O acordo inicial, feito entre Governo e sindicatos, deixava claro que duas parcelas seriam pagas neste exercício, sendo uma em março e a outra em junho. A negociação foi descumprida e um novo acordo foi feito apenas com uma parte dos servidores, reescalonando a dívida entre os meses de setembro e de dezembro. Aos demais trabalhadores não foi dada sequer uma previsão para início da implantação e pagamento dos planos.

     Os sindicatos manterão as atividades de mobilização das categorias em todo o Estado durante o período de férias. O objetivo é encontrar formas de pressionar o Governo a atender as reivindicações da categoria por meio da luta dos servidores, já que o diálogo não tem sido suficiente para despertar a administração para as responsabilidades que tem com os trabalhadores.