A greve no Instituto de Previdência do RN (IPERN) chega ao seu quarto dia nessa quinta-feira (05/03) e é um pedido de socorro; uma denúncia da situação precária do quadro de servidores do Órgão que conta com apenas 75 servidores ativos para atender a demanda de todo o Estado.

A paralisação no IPERN teve início no dia 02 de março e segue por tempo indeterminado, até que o Governo atenda as principais demandas dos servidores, que são: realização de concurso público; e implantação de auxílio-alimentação.

Até o momento, mesmo sem qualquer retorno positivo do Governo, a categoria segue firme no movimento grevista. As atividades realizadas pelo órgão, dentre as quais: recadastramento; atualização de contas bancárias; consultas processuais e de contra-cheque; e pedidos de isenção de imposto de renda, estão suspensas em Natal, Mossoró e Caicó.

Na manhã do quarto dia de greve, aproveitando a proximidade do Dia Internacional da Mulher, os servidores reunidos em Natal promoveram um debate sobre a luta das mulheres e o combate à violência. Mas, em um dia normal, os servidores do IPERN realizam cerca de 260 atendimentos, somente na sede do Instituto, que atende aposentados(as), pensionistas e responde ainda por processos de afastamento temporário dos profissionais na ativa.

Mesmo responsável por garantir os direitos previdenciários do funcionalismo norte-riograndense, hoje o IPERN conta com apenas 75 servidores ativos – número insuficiente e incompatível com a atuação do órgão. Somado a isso, do total de servidores, 51 estão em condições de se aposentar e ainda assim, não há previsão de concurso público. Desse modo, caso medidas urgentes não sejam tomadas pelo Executivo Estadual, o IPERN corre o risco de fechar.