Em Natal, SINAI-RN e Intersindical participam de 4º ato contra o governo Bolsonaro em quase dois meses


Foto: Lenilton Lima

O SINAI-RN e a Intersindical se juntaram a diversas centrais sindicais, sindicatos, movimentos estudantis, populares, frentes e mandatos progressistas para protestar contra o governo Bolsonaro. A atividade aconteceu nesse sábado, 24 de julho, reunindo milhares de pessoas nas ruas da Zona Sul de Natal. O 4º ato realizado em quase dois meses integra a jornada nacional de luta contra a política da gestão federal.

E apesar de os manifestantes estarem de máscaras e portando álcool 70%, os organizadores fizeram questão de distribuir máscaras do tipo N95 e frascos de álcool em gel ao longo do percurso. A marcha partiu dos cruzamentos das avenidas Salgado Filho e Nevaldo Rocha (antiga Bernardo Vieira), colorida por bandeiras, cartazes, camisas e adesivos com frases de protesto, indignação e revolta com o quadro atual. Veja mais fotos da atividade AQUI.

O principal ponto de pauta foi o impeachment do Presidente da República. E não faltaram argumentos. A forma negacionista, omissa, genocida e corrupta que Bolsonaro vem conduzindo a pandemia da Covid-19 desde março de 2020 foi a principal alegação apresentada. Porém, os manifestantes ainda sustentaram o pedido lembrando que o Chefe do Executivo federal diariamente coloca em risco a democracia ao questionar as instituições, o sistema eleitoral e ameaçar o atual Estado de direito com a possibilidade de golpe militar. Além dos crimes de responsabilidade, a política econômica de inflação, que acarreta na alta dos alimentos, o não combate ao desmatamento e articulação desastrosa nas relações exteriores fecharam a lista de motivos pelos quais a saída do ex-capitão do Exército é apontada como necessária.

E além de cobrarem a deposição do Presidente, os manifestantes exigiram mais vacinas para todos e um auxílio emergencial de R$ 600 até o final da pandemia para os desempregados, subempregados e cidadãos em condição de vulnerabilidade. A pauta também incluiu a luta contra a Reforma Administrativa (PEC 32) e a privatização dos Correios e outras estatais, ambas propostas pelo governo federal.

E assim como nos dias 29 de maio, 19 de junho e 03 de julho, a defesa da ciência e do Sistema Único de Saúde (SUS) foram bandeiras levantadas. O ato ainda pautou a luta antirracista, contra a homofobia e pelos direitos das mulheres.

Depois de quase duas horas, entre os discursos em carros de som e a animação dos batuques com cantos de protesto, a manifestação foi encerrada por volta das 18h30, na Praça do bairro Mirassol.